Energia Online

A Inveja Antes e Depois das Redes

Caros Homens de Valor

Há aqueles que acreditam, há aqueles que simplesmente não enxergam nada demais nisso e outros que dizem ter o “corpo fechado”. Estou falando da inveja. A pegada aqui não se trata de provar a existência ou não deste fenômeno, e muito menos de trazer ciência sobre o tema. Existem coisas ainda desconhecidas e muitas vezes não comprovadas naquilo que não conseguimos enxergar de forma científica. Uns dizem sentir. Alguns afirmam que chegam até a passar mal, como se tivessem sua energia drenada. Chega ao ponto de socar o carro zero ao sair da concessionária. Será que isso faz realmente sentido?

A inveja, segundo a perspectiva cristã, é vista como um sentimento pecaminoso e moralmente errado. Na teologia cristã, a inveja é frequentemente listada entre os Sete Pecados Capitais, que são comportamentos ou sentimentos que podem levar a outros pecados e afastar a pessoa de Deus. A inveja, nesse contexto, é definida como o ressentimento ou a tristeza pelo bem ou sucesso de outra pessoa, acompanhado pelo desejo de ter aquilo que o outro possui e, muitas vezes, pelo desejo de que o outro perca esse bem. Na perspectiva holística e energética, a inveja é vista como uma energia negativa e densa que desequilibra o campo energético de uma pessoa. Ela bloqueia o fluxo de energia, especialmente no chakra do coração, e vibra em uma frequência baixa, atraindo mais negatividade e podendo causar problemas emocionais e físicos. Na crença popular, "olho gordo – vulgo zóio" refere-se à inveja intensa e mal-intencionada dirigida a uma pessoa, seus bens ou suas conquistas. Acredita-se que essa inveja possa atrair má sorte ou influências negativas para o alvo, causando danos como doenças, perdas materiais ou dificuldades inesperadas. Nesta gama popular, muita gente recorre a amuletos e rituais de proteção para se defender do "olho gordo", como o uso de figas, pimentas ou o famoso olho grego (ou olho turco). Independentemente da perspectiva analisada, há um consenso, pelo menos na forma de acreditar em algo que não se vê – mas talvez se sinta –, de que se trata de algo que gera um desequilibrio na parte do “invejado”.

Parando para pensar nisso tudo de forma mais pragmática, há de existir uma relação – mesmo que não afetiva e talvez somente visual – entre o invejoso e o invejado. Ou seja, se pararmos para tentar entender em como se desenrola o processo da inveja, seja ele intencional ou talvez às vezes não intencional, ele somente ocorre quando de fato há certa observação e prévio conhecimento, por parte do invejoso. Isso significa resumir que, o que não é mostrado ou aquilo que só você sabe, serve como um desarme do invejoso em relação ao invejado. Parece um pouco confuso demais, mas na prática não dá para ter inveja daquilo que não se vê ou se desconhece. Não dá pra querer do outro algo desconhecido. Isso, em teoria, quebraria todo o processo e o ciclo da inveja. O invejoso precisa enxergar o carro novo do vizinho para o gatilho inicial do processo da inveja. Pelo menos, estou analisando sob esta ótica.

Chegando agora no ponto de maior relevância em toda esta reflexão que hoje escrevo, traço um paralelo entre o nível da inveja antes e depois das redes sociais. Até então, você ia para um restaurante qualquer, comia seu belo prato de trocentos reais, no melhor restaurante de NY City e pouca gente talvez sequer soubesse disto. Hoje? Se seu Instagram for aberto e você for daqueles postadores fiéis, isso torna a possibilidade de estar sendo invejado em níveis antes nunca vistos e sem fronteiras territoriais. Seu parente lá do Tocantins que você não vê a 22 anos já começa a jogar o treco online mesmo, em você. São dezenas ou centenas de seus seguidores que, a cada story do seu insta, podem estar destilando megatons de energia negativa em tudo o que você posta. Mas será, tio?

Na pratica, nao se esconde tudo. Certas coisas e acontecimentos são simplesmente publicidade natural ou espontânea. Talvez seja possível reduzir possibilidades?

Eu não sei se tem lógica o que estou escrevendo, mas se isto fizer algum sentido – cuidado! Você pode estar sofrendo de inveja gravíssima.

Viva mais! Poste menos! Minimize riscos!

Sejam todos felizes e com energia positiva.

Boa semana.

Luigino Rigitano